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efemérides do éfemellotodo dia é histórico. |
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Há 70 anos… dia 2 de maio de 1945.
Último capítulo da Segunda Guerra Mundial no front europeu, a Batalha de Berlim durou 17 dias. De 16 de abril a 2 de maio, a capital da Alemanha assistiu o exército vermelho de Stalin e as tropas nazistas de Hitler travarem o derradeiro combate no Velho Continente. Ao final, vitória completa dos soviéticos, tanto bélica quanto simbólica.
No campo de guerra, Stalin triunfou sobre os alemães, assistiu ao suicídio de Adolf Hitler (30 de abril) e dos outros líderes do Nazismo, como Joseph Goebbels, e ainda conquistou a capital do Terceiro Reich antes das tropas aliadas do ocidente, ou seja, do exército americano.
O exército vermelho usou cerca de 2,5 milhões de soldados no combate, contra pouco mais de 760 mil dos nazistas. Estima-se que os soviéticos perderam pouco mais de 80 mil, com mais 280 mil feridos. Já as baixas do exército alemão ficaram na casa dos 100 mil, com mais 220 mil feridos e outros 480 mil capturados.
A história obscura e pouco conhecida por trás da Batalha de Berlim é a que relata estupros de mulheres alemãs pelos soldados soviéticos. Há fortes depoimentos de homens do lado vermelho, como os de Vladimir Gelfand, indicando os abusos durante a tomada da capital alemã (leia mais no link da BBC, abaixo).
Saindo do front e entrando no campo do simbolismo, há a saborosa história sobre a famosa foto da bandeira vermelha no Reichstag, o Parlamento alemão, um dos ícones de poder de Berlim.
Reza a lenda que o “hasteamento” do pavilhão da foice e do martelo foi uma ordem direta de Stalin, que pessoalmente coordenou a “operação”. A extrema publicidade da famosa imagem dos soldados americanos em Iwo Jima revelara o poder midiático de uma fotografia. Ciente disso, o líder da União Soviética queria criar a sua própria.
Então, destacou soldados para a missão. Muito tempo depois, quando da queda da União Soviética, se conheceu o homem responsável pela fotografia: Yevgeny Khaldei. Sob ordens superiores, o fotógrafo viajou de Moscou para Berlim com uma bandeira soviética na bagagem.
Com a cidade controlada e a rendição quase completa dos nazistas, Khaldei foi ao prédio do Reichstag. Chegando lá, chamou dois soldados para criar a cena. Segundo o fotógrafo, o homem que segura a bandeira é Alexei Kovalyov, então de 18 anos. Os “coadjuvantes” da icônica imagem são Abdulkhakim Ismailov e Leonid Gorychev (ou Aleksei Goryachev).
Quando retornou à Moscou, Khaldei percebeu que um deles estava com dois relógios, um em cada punho, fruto, obviamente, de um desvio de conduta. A pedido do alto escalão soviético, ele alterou a imagem, retirando um dos relógios e ainda intensificando a fumaça ao fundo.
Em 13 de maio, a fotografia foi publicada na revista Ogonyok e se transformou na grande imagem-símbolo da conquista de Berlim. Stalin venceu dentro e fora das quatro linhas. Iniciava o jogo do pós-guerra com certa vantagem sobre os americanos.
A Segunda Guerra Mundial seguiria no front oriental. Em agosto, Harry Truman mexeria rei e rainha de seu tabuleiro: as fatídicas Hiroshima e Nagasaki.
Mas essas (tristes) histórias ficam pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
Documentário sobre a Batalha de Berlim:
Battlefield S1/E6 - The Battle of Berlin
Vor 70 Jahren ... am 2. Mai 1945.
Das letzte Kapitel des Zweiten Weltkriegs an der europäischen Front: die Schlacht um Berlin
Die Schlacht um Berlin, das letzte Kapitel des Zweiten Weltkriegs in Europa, dauerte 17 Tage – vom 16. April bis zum 2. Mai 1945. In dieser Zeit kämpften Stalins Rote Armee und Hitlers Wehrmacht ihre letzte große Schlacht auf dem europäischen Kontinent aus. Am Ende stand der vollständige Sieg der Sowjets – militärisch wie symbolisch.
Auf dem Schlachtfeld triumphierte Stalin über die Deutschen. Die Schlacht führte zum Selbstmord Adolf Hitlers am 30. April und zum Tod weiterer führender Nationalsozialisten wie Joseph Goebbels. Die sowjetische Armee nahm sogar die Hauptstadt des Dritten Reiches ein, noch bevor die westlichen Alliierten – insbesondere die US-Armee – dort eintrafen.
Für den Kampf um Berlin setzte die Rote Armee rund 2,5 Millionen Soldaten ein – im Vergleich zu etwa 760.000 deutschen Soldaten. Es wird geschätzt, dass die Sowjets über 80.000 Gefallene und rund 280.000 Verwundete zu beklagen hatten. Die bereits stark dezimierte deutsche Armee verlor etwa 100.000 Soldaten, mehr als 220.000 wurden verwundet und weitere 480.000 gerieten in Gefangenschaft.
Doch hinter diesem militärischen Triumph verbirgt sich eine dunkle, wenig bekannte Geschichte: die massenhaften Vergewaltigungen deutscher Frauen durch sowjetische Soldaten. Es existieren eindrucksvolle Zeugnisse, auch von sowjetischer Seite – etwa das Tagebuch des Leutnants Wladimir Gelfand –, die Übergriffe während und nach der Einnahme Berlins dokumentieren (mehr dazu im BBC-Link unten).
Abseits der Frontlinie und inmitten der symbolischen Bedeutung des Sieges steht auch die Geschichte eines der berühmtesten Bilder des Zweiten Weltkriegs: das Foto der sowjetischen Fahne auf dem Reichstagsgebäude – dem deutschen Parlament –, das zu einem ikonischen Symbol des Kriegsendes wurde.
Der Legende nach war das Hissen der Flagge mit Hammer und Sichel ein direkter Befehl Stalins. Er soll die Operation persönlich koordiniert haben. Das berühmte US-amerikanische Foto von der Flaggenhissung auf Iwojima hatte die Macht der Bildpropaganda gezeigt – und Stalin wollte dem nicht nachstehen.
Daher wurde eine spezielle Mission beauftragt. Der Fotograf Jewgeni Chaldej reiste – auf höhere Weisung – von Moskau nach Berlin, mit einer eigens mitgeführten sowjetischen Fahne im Gepäck. Nach der Eroberung Berlins bestieg er das Reichstagsgebäude und bat zwei Soldaten, ihm beim Stellen der Szene zu helfen.
Nach seinen Angaben war es Alexei Kowaljow, damals 18 Jahre alt, der die Fahne hielt. Die beiden anderen Soldaten auf dem Bild waren Abdulkhakim Ismailow und Leonid Gorytschew (nach anderen Quellen Alexei Goryatschow).
Zurück in Moskau bemerkte Chaldej, dass einer der Soldaten an jedem Handgelenk eine Uhr trug – wohl ein Hinweis auf Plünderung. Auf Anweisung sowjetischer Stellen retuschierte er das Bild: eine Uhr wurde entfernt, und der Rauch im Hintergrund wurde verstärkt, um das Bild dramatischer wirken zu lassen.
Am 13. Mai 1945 wurde das Foto im Magazin Ogonjok veröffentlicht und entwickelte sich schnell zu einem der größten Bildsymbole des sowjetischen Sieges in Berlin. Stalin hatte den Sieg nicht nur militärisch, sondern auch symbolisch errungen. Damit begann das geopolitische Ringen um die Nachkriegsordnung – mit einem klaren propagandistischen Vorteil für die Sowjetunion gegenüber den USA.
Doch der Zweite Weltkrieg war noch nicht beendet: An der Ostfront, im Pazifik, standen weitere Katastrophen bevor. Hiroshima und Nagasaki – zwei Städte, deren Schicksal das Schachbrett der Großmächte erschütterte. Im August desselben Jahres würde US-Präsident Harry Truman die letzten Züge machen.
Doch das sind Geschichten für einen anderen Tag – denn jeder Tag ist Geschichte.
Dokumentarfilm über die Schlacht von Berlin:
Battlefield S1/E6 - The Battle of Berlin