O sol se põe sobre o Treptower Park,
nos arredores de Berlim, e eu observo uma estátua que faz um
desenho dramático contra o horizonte. Com 12 metros de altura,
ela mostra um soldado soviético segurando uma espada numa
mão e uma menina alemã na outra, pisando sobre uma
suástica quebrada.
A estátua marca um lugar
onde estão enterrados 5 mil dos 80 mil soldados do
Exército Vermelho mortos na Batalha por Berlim entre 16 de abril
e 2 de maio de 1945.
A proporção
colossal do monumento reflete o sacrifício destes soldados. No
entanto, para alguns, a estátua poderia ser chamada de
Túmulo do Estuprador Desconhecido.
Existem registros de que os
soldados de Stalin atacaram um número bastante alto de mulheres
na Alemanha e, em particular, na capital alemã, mas isto era
raramente mencionado no país depois da guerra e o assunto ainda
é tabu na Rússia de hoje.
A imprensa russa rejeita o tema regularmente e diz tratar-se de um “mito espalhado pelo Ocidente”.
Os manuscritos – que nunca
foram publicados – mostram como a situação era
difícil nos batalhões.(1)
Uma das diversas fontes que
revelam os vários casos de estupros cometidos durante a Segunda
Guerra Mundial é o diário do oficial soviético
judeu Vladimir Gelfand, que ao fim da batalha pôs seus relatos no
papel.
Em fevereiro de 1945, Gelfand
estava perto da represa do rio Oder, preparando-se para a entrada em
Berlim. Em seu diário, ele descreve como seus camaradas cercaram
e dominaram um batalhão de mulheres militares.
“As
alemãs capturadas disseram que estavam vingando seus maridos
mortos. Elas devem ser destruídas sem piedade. Nossos soldados
sugeriramesfaqueamento das genitais, mas eu apenas as executaria”, escreveu.
Uma das passagens mais
reveladoras do diário de Gelfand é a do dia 25 de abril,
quando ele narra a chegada a Berlim. Ele estava andando de bicicleta
perto do rio Spree, a primeira vez que andou de bicicleta, quando
cruzou com um grupo de mulheres alemãs carregando malas e
pacotes. Em seu alemão ruim, ele perguntou para onde estavam
indo e a razão de terem saído de casa.
“Com
horror em seus rostos, elas me disseram o que tinha acontecido na
primeira noite da chegada do Exército Vermelho”, escreveu.
“Eles
cutucaram aqui a noite toda’, explicou a bela garota
alemã, levantando a saia. ‘Eles eram velhos, alguns
estavam cobertos de espinhas e todos eles montaram em mim e me
cutucaram – não menos do que 20 homens’. Ela
começou a chorar.”
“‘Eles
estupraram minha filha na minha frente e eles ainda podem voltar e
estuprá-la de novo’, disse a pobre mãe. Este
pensamento deixou todas aterrorizadas.”
“‘Fique
aqui’, a garota, de repente, se atirou em cima de mim,
‘durma comigo! Você pode fazer o que quiser comigo, mas
só você!'”
Enquanto o Exército Vermelho avançava, cartazes estimulavam os soldados soviéticos a mostrarem sua raiva:“Soldado: Você agora está em solo alemão. A hora da vingança chegou!”. (2)
O estupro em massa de mulheres na Alemanha
A revista alemãSpiegelestima
que os soviéticos estupraram cerca de 2 milhões de
mulheres no território alemão e 100 mil em Berlim. A
mesma fonte mostra que elas tinham, em média, cerca de 17 anos e
cada uma foi estuprada, pelo menos, 12 vezes. Dessas vítimas,
aproximadamente 12% morreram assinadas, por suicídio ou devido a
os ferimentos causados pelos seus agressores. E quase metade delas
adquiriram síndromes pós-traumático.(3)
A doença soviética
A população
feminina era regularmente estuprada. Militares britânicos que se
encontravam retidos em campos de concentração
alemães, declararam após seu retorno:
“Em
torno de nosso campo, onde se localizam os povoados de Schlawe,
Lauenburg, Buckow…..soldados soviéticos violentavam
durante as primeiras semanas da sua presença todas
crianças e mulheres entre 12 de 60 anos… Pais e maridos
que intentassem protege-las eram assassinados, tal como eram
assassinadas as mulheres que apresentassem resistissem à
violência do estupro”(4)
O historiador Norman M. Naimark
chegou nas suas pesquisas ao numero de 2.000.000 (dois milhões)
de alemãs vítimas de estupro. Em algumas regiões
os casos se avolumaram tanto que houve a criação de
cômodos especialmente destinados à prisão, tortura
e violação sexual das vítimas, que, em muitos
casos eram liberados somente após sofrerem estupros e tortura
por dias seguidos. Um dos raros casos de relatos documentados é
o livro “Anonyma- Eine Frau in Berlin”(Anonima-Uma
mulher de Berlim), o diário de uma mulher berlinense,
vítima dos abusos sexuais soviéticos do qual foi
produzido o filme homônimo em 2008.(5) (6)
Ele foi outro diário
escrito durante a guerra, deste vez o da noiva de um soldado
alemão ausente, mostra que algumas mulheres se adaptaram a estas
circunstâncias horríveis para tentar sobreviver.
O diário, anônimo,
começou a ser escrito no dia 20 de abril de 1945, dez dias antes
do suicídio de Hitler. Como no diário de Gelfand, a
honestidade é brutal, o poder de observação
é grande e há até demonstrações
ocasionais de humor.
Se descrevendo como uma“loira pálida que está sempre com o mesmo casaco de inverno”,
a autora do diário descreve a vida dos vizinhos no abrigo contra
bombas logo abaixo do prédio de apartamentos onde ela morava em
Berlim, incluindo“um
jovem em calças cinzas e óculos de armação
de chifre que, em uma observação mais atenta, é,
na verdade, uma jovem”, e três irmãs mais velhas,
“espremidas, juntas, como um grande pudim”.
Enquanto aguardam a chegada do Exército Vermelho, elas fazem piada dizendo“melhor um russo em cima do que um ianque sobre nossas cabeças”.
Estupro é considerado melhor do que ser pulverizada por bombas.
Mas quando os soldados chegam ao porão onde elas moram, as
mulheres imploram para a autora do diário usar suas habilidades
no idioma russo para reclamar ao comando soviético.
Ela consegue encontrar um
oficial no ambiente caótico da cidade, mas ele não toma
providência alguma, apesar do decreto de Stalin proibindo a
violência contra civis.“Vai acontecer de qualquer jeito”, diz.
Ao tentar voltar para seu
apartamento, a autora do diário é estuprada no corredor e
quase estrangulada; as mulheres que vivem no porão não
abrem as portas durante o estupro, apenas depois que tudo acaba.
“Minhas
meias estão caídas em cima dos meus sapatos, ainda estou
segurando o que sobrou da minha cinta-liga. Começo a gritar
‘Suas porcas! Eles me estupraram duas vezes aqui e vocês me
deixaram largada como lixo!'”
Com o passar do tempo, ela
percebe que precisa achar um “lobo-chefe” que ponha fim aos
estupros da “alcateia”. A relação entre
agressor e vítima fica menos violenta, mais ambígua. Ela
divide a cama com um oficial mais importante, vindo de Leningrado, com
quem ela conversa sobre literatura e o sentido da vida.
“Não
posso falar, de maneira nenhuma, que o major está me estuprando.
Estou fazendo isto por bacon, manteiga, açúcar, velas,
carne enlatada…. Além do mais, gosto do major e, quanto
menos ele quer de mim como homem, mais gosto dele como pessoa”,escreveu.
Muitas de suas vizinhas fizeram acordos parecidos com os conquistadores.
Este diário só
foi publicado em 1959, depois da morte da autora, com o título
“Uma Mulher em Berlim”, e foi criticado por “macular
a honra das mulheres alemãs”. (?!)
Em 2008, o diário da berlinense foi transformado em um filme, chamado de “Anonyma”,
com uma atriz alemã conhecida, Nina Hoss. O filme teve um efeito
catártico na Alemanha e estimulou muitas mulheres a falarem
sobre suas experiências. (1)
Entre elas estava Ingeborg
Bullert, hoje com 90 anos. Ela mora em Hamburgo, no norte da Alemanha.
Em 1945, ela tinha 20 anos, sonhava em ser atriz e vivia com a
mãe em Berlim.
Quando o ataque
soviético começou, ela se refugiou no porão do
prédio – assim como a mulher no diário.
“De repente havia tanques em nossa rua e, em toda parte, corpos de soldados russos e alemães”, disse.
Durante uma pausa nos ataques
aéreos, Ingeborg saiu do porão para pegar um
pedaço de fio no apartamento, para montar um pavio para uma
lâmpada.
“De
repente, havia dois soldados soviéticos apontando
revólveres para mim. Um deles me obrigou a me expor e me
estuprou, então eles trocaram de lugar e o outro me estuprou.
Pensei que ia morrer, que eles iam me matar.”
Ingeborg passou décadas sem falar sobre o crime.
Os estupros afetaram mulheres em toda Berlim.
Ingeborg lembra que as mulheres entre 15 e 55 anos tinham que fazer
exames para doenças sexualmente transmissíveis.
“Você
precisava do atestado médico para conseguir os cupons de comida
e lembro que todos os médicos faziam estes atestados e que as
salas de espera estavam cheias de mulheres.”
Ninguém sabe exatamente
quantas mulheres foram vítimas de violência sexual de
combatentes estrangeiros na Alemanha. O número mais citado
estima em 100 mil as mulheres estupradas apenas em Berlim – e em
dois milhões no território alemão.
Há documentos que
expõem um alto número de pedidos de aborto – contra
a lei na época –, devido à
“situação especial”.
De acordo com Natalya Gesse, amiga de Andrei
Sakharov, “os russos estupravam todas as mulheres de oito a
oitenta anos”.(8) (9) (10)
Enquanto pesquisava para o
livro que lançou em 2002 sobre a queda de Berlim, o historiador
Antony Beevor encontrou, no arquivo estatal da Federação
Russa, documentos que detalham a violência sexual. Eles tinham
sido enviados pela então polícia secreta, a NKVD, para o
chefe desta polícia, Lavrentiy Beria, no final de 1944.
“Eles
foram passados para Stálin. Você pode até ver se
eles foram lidos ou não – e eles relatam estupros em massa
no leste da Prússia e a forma como as mulheres alemãs
tentavam matar os filhos e se matar, para evitar os estupros”, disse.(1)
O jurista Ingo von Münch constata em seu livro“Frau, komm!”(Mulher,
venha!) que os casos de estupros de meninas e mulheres alemãs
por integrantes do exército soviético indubitavelmente
caracterizavam-se como crimes de guerra. Nunca em um País e em
tão pouco tempo tantas mulheres sofreram violência e
estupros por parte de soldados estrangeiros como em 1944 e 1945, na
esteira da invasão soviética na Alemanha. Aterrador foi
também a brutalidade dos maus tratos que as mulheres sofriam dos
criminosos. (7)
O serviço alemão
de informações militares Fremde Heere Ost, registrou as
seguintes ocorrências de estupros: nas regiões orientais:
1.400.000 crimes; nas zonas de ocupação soviética
exceto Berlim: 500.000 crimes e em Berlim: 100.000 crimes(11) (12)
Após o verão de
1945, os soldados soviéticos flagrados cometendo tal ato
recebiam punições de enforcamento ou prisão.
Entretanto, os estupros
continuaram até 1948, quando a Alemanha finalmente recuperou sua
estrutura política e os soldados da União
Soviética estavam apenas em postos de guarda, separados da
população civil.(13) (14) (15)
O embaraço russo com sua história hoje
O Parlamento russo aprovou
recentemente uma lei que afirma que qualquer pessoa que deprecie a
história da Rússia na Segunda Guerra Mundial pode ter que
pagar multas ou ser preso por até cinco anos.
Uma jovem historiadora da
Universidade de Humanidades de Moscou, Vera Dubina, só descobriu
sobre os estupros depois de ir para Berlim devido a uma bolsa de
estudos. Ela escreveu um estudo sobre o assunto, mas enfrentou
dificuldades para publicá-lo.
Vitaly Gelfand, filho do autor
do diário, Vladimir Gelfand, não nega que muitos soldados
soviéticos demonstraram bravura e sacrifício durante a
guerra, mas, segundo ele, esta não é a única
história.
Recentemente, Vitaly deu uma
entrevista em uma rádio russa que desencadeou uma onda de
“trollagem” antissemita em redes sociais, vejam só
que contradição. Muitos disseram que o diário
é falso e que Vitaly deveria emigrar para Israel. Mesmo
assim, Vitaly espera que o diário seja publicado na
Rússia ainda neste ano. Partes dele já foram traduzidas
para o alemão e para o sueco.
“Se
as pessoas não querem saber a verdade, estão apenas se
iludindo. O mundo todo entende (que ocorreram estupros), a
Rússia entende e as pessoas por trás das novas leis sobre
difamar o passado, até elas entendem. Não podemos
avançar sem olhar para o passado”,disse.
É provável que
nunca se saiba o número real. Tribunais militares
soviéticos e outras fontes continuam secretas.
Setenta anos depois do fim da
guerra, pesquisas ainda revelam a dimensão da violência
sexual sofrida pelas alemãs nas mãos não apenas
dos soviéticos, mas também de americanos, dos
britânicos e dos franceses.(1)
Os estupros dos Aliados
O livro da Professora Miriam Gebhardt,“When the soldiers came”(Quando
os soldados vieram), inclui entrevistas com vítimas,
histórias de crianças de estupro e pesquisas que realizou
ao longo de um ano e meio em registros de nascimento na Alemanha
Ocidental ocupada pelos aliados e Berlim Ocidental. Ele estima que
soldados franceses, britânicos e americanos estupraram 860 mil
alemães no final da segunda guerra mundial, incluindo 190 mil
agressões sexuais por soldados americanos.
“Agora,
70 anos após a guerra, é longo o tempo em que se poderia
suspeitar de lidar com a vitimização alemã”, disse Gebhardt, autor e palestrante da Universidade de Konstanz, aoThe Local. “Não
há mais a questão de se querer relativizar a
responsabilidade dos alemães pela Segunda Guerra Mundial e pelo
Holocausto”.
Gebhardt disse que chegou a esse
número de agressões sexuais ao estimar a dos chamados
“filhos da guerra” nascidos de mulheres alemãs
não casadas na década de 1950, cinco por cento eram
produtos de estupro.
Ela também estima que, para cada nascimento, houve 100 estupros, inclusive de homens e meninos.
Os números de Gebhardt
são maiores do que as estimativas anteriores. Um livro bem
recebido de 2003 pelo professor americano de criminologia J. Robert
Lilly, Tomado pela Força, estimou que soldados americanos
cometeram cerca de 11 mil estupros na Alemanha.
Enquanto o artigo publicado pela
Der Spiegel levantou questões sobre se os números de
Gebhardt refletiam com precisão a incidência de
agressão sexual na Alemanha pós-guerra, Lilly disse ao
Local que suas estimativas eram certamente razoáveis.
“Os
números de Gebhardt são plausíveis, mas seu
trabalho não é uma conta definitiva”, disse
Lilly em entrevista ao The Local, explicando que nenhum número
exato poderia ser conhecido por falta de registros.
“É
a confirmação da pesquisa que fiz e acrescenta a essa
discussão em curso sobre o que acontece no baixo da guerra
– O que se passa com o qual não falamos”.
Grande parte da discussão
de que os ataques sexuais contra os alemães concentrou-se nas
tropas soviéticas no leste da Alemanha, que se estimam ter
cometido entre um a dois milhões de estupros durante seu tempo.
Mas Gebhardt disse que queria desafiar a suposição de que
era apenas o Exército Vermelho que era responsável por
tais atos.
“Goebbels
advertiu o que o Exército Vermelho faria com a Alemanha:
estuprar mulheres e cometer atrocidades contra civis… As pessoas
que fossem ocupadas por tropas ocidentais e não pelos
soviéticos”, disse ela. “Mas
o curso dos eventos foi o mesmo. Ambos os lados saquearam objetos de
valor e lembranças, e os soldados muitas vezes cometem
violações de gangues contra as mulheres “.
A pesquisa de Gebhardt
também incluiu registros de sacerdotes da Baviera que
registraram o avanço dos Aliados em 1945, incluindo uma
descrição que diz:
“o
evento mais triste durante o avanço foram três estupros,
um em uma mulher casada, um em uma única mulher e um em uma
menina imaculada de 16 -e meio. Eles foram cometidos por americanos
fortemente bêbados “.
O livro pinta uma imagem muito
mais escura do que o que muitas vezes se vê no cinema e na
literatura das tropas aliadas que libertaram os alemães do
regime nazista e, assim, poderiam levar tempo para as pessoas
absorverem completamente, disse Lilly.
“Será resistido até
certo ponto. Existem estudiosos americanos que não gostariam,
porque podem pensar que os crimes de guerra cometidos pelos
alemães serão menos ruins “, disse Lilly.
Isso chama com a atitude de Gebhardt em
relação ao seu trabalho, que ela diz que visa
simplesmente expor o horror de tais ações na
guerra. As violações “duraram anos, não
apenas no momento da conquista”, acrescentou.
“Eles
não eram apenas parte da violência que ocorreram nas
últimas semanas e dias da guerra, mas continuaram por
anos”. (2)
Os esquadrões negros
Götz Aly, um popular
historiador, acusou soldados negros do exército dos Aliados de
estupro sistemático de mulheres alemãs durante a Segunda
Guerra Mundial. Autor do livro“Hitler’s Beneficiaries”(Beneficiários
de Hitler), fez seus comentários durante uma coletiva de
imprensa na mostra “O Terceiro Mundo na Segunda Guerra
Mundial”, que acontece em Berlim, reconhecendo o papel de
milhares de africanos e asiáticos na derrota do
nacional-socialismo alemão.
Embora convidado a palestrar,
Aly recusou o que chamou de versão “politicamente
correta” da história e argumentou que, na verdade, pessoas
de países colonizados tinham um “interesse paralelo”
com os nacional-socialistas para derrotar as nações
imperialistas como Inglaterra e França.
Ele comparou o comportamento de
soldados negros britânicos e franceses com os notórios
estupros em massa perpetrados pelos russos no leste da Alemanha e em
Berlim.
“Toda cidade do sudoeste da Alemanha pode contar histórias de estupro por soldados negros,que não têm nada de diferente dos russosna forma sistemática”, disse Aly.
Ele também descreveu os
soldados negros, asiáticos britânicos e franceses como
“libertadores não-livres”, cuja
contribuição para derrotar Hitler, portanto, não
deveria ser celebrada.
O estupro era prática
comum durante a queda da Alemanha, mas os historiadores concordam que
Exército Vermelho foi responsável pela imensa maioria dos
abusos sexuais.
Dennis Goodwin, presidente da
Associação dos Veteranos da Primeira Guerra Mundial, que
também fala por outros veteranos – e ele mesmo um veterano
da Birmânia durante a Segunda Guerra – disse que as
declarações de Aly não fazem sentido.
“Não
há comparação com os russos, que se gabam
abertamente disso. Há muitos historiadores que desafiariam essa
visão. Não posso falar por franceses ou americanos, mas
não havia batalhões negros britânicos na
Alemanha”,ele disse.
Aly em“Hitler’s Beneficiaries”,
argumenta que os nacional-socialistas alemães
distribuíram equitativamente os bens tomados dos judeus e
dos países europeus conquistados.(16)
Estupros dentro do exército norte-americano são comuns até hoje
Ser mulher dentro dos campos de
batalha é, muitas vezes, mais perigoso do que ser o inimigo. O
documentário americano“The Invisible War”(A
Guerra Invisível) mostra depoimentos de 100 mulheres que foram
vítimas de estupro dentro do quartel do exército dos
Estados Unidos.
As diversas mulheres foram
violentadas por seus colegas e/ou superiores. Segundo o
documentário, só em 1991, quase duas décadas
atrás, o Congresso Americano estimou que, até
então, 200 mil mulheres tinham sido abusadas sexualmente no
exército dos EUA.
Mas esses são os
números de mulheres que conseguiram registrar a queixa. Quase
todas as vítimas tinham seus cargos ameaçados sempre que
tentavam denunciar os crimes. A advogada Susan Burke, uma das fontes do
documentário, conta que “ouvia repetitivamente das
soldadas ‘um estupro pode ser algo ruim, mas sabe o que é
ainda pior? Receber uma receber retaliação profissional
em sua carreira escolhida. Simplesmente porque elas foram
estupradas”.
“Mesmo com o kit de estupro
e tudo mais e com meu amigo pegando meu agressor no flagra, ainda
assim, eles não quiseram acreditar em mim quando fui
denunciar”, conta Christina Jones.
O estupro deixa marca
psicológicas e físicas difíceis de serem
cicatrizadas. Kori Cioca fazia parte da guarda costeira americana
quando foi violentada pelo seu superior. Seu rosto foi tão
machucado durante o ato, que até hoje ela possui
complicações no maxilar e vive há anos em uma
dieta de apenas gelatinas, purês, papas e comidas batidas, porque
não consegue mais mastigar qualquer tipo de comida.
As guerras são
períodos onde todos sofrem muito. Sejam mulheres, homens,
crianças ou animais. Mas o crime de estupro é uma
batalha enfrentada diariamente e de forma desleal, no qual o inimigo
é sempre desconhecido e o ataque, geralmente, inesperado. (3)
(4) - Congressional
Record, Senate, Washington, 4. Dezember 1945, S. 11374, in Alfred M.
Zayas Die Anglo-Amerikaner Vertreibung und die der Deutschen, Ullstein,
1988, S. 87.
Original: ("im
Gebiet one Internierungslager unser, wo die Orte Schlawe, Lauenburg,
Buckow [...] Lagen, vergewaltigten Sowjetische Soldaten in den ersten
Wochen nach der Eroberung jede Frau und jedes Mädchen zwischen 12 und
60 Jahren.[...]Väter
und Gatten , die versuchten, die Frauen zu schützen, erschossen wurden,
und Mädchen, die zu viel Wiederstand leisteten, wurden ebenfalls
ermordet ")
(5) - Die Russen Norman M. Naimark in Deutschland, 1997, ISBN 3549055994
(6) - Anonyma, eine Frau in Berlin-Tagebuchaufzeichnungen vom 20. bis zum 22. Juni April 1945, Berlin 2005, ISBN 3-44273-216-6.
(7) - Vgl.Ingo von Münch, "Frau, Komm!" AAO, S. 10 -15.
(8) - Helke Sander / Barbara Johr: BeFreier und Befreite, Fischer, Frankfurt 2005
(9) - Seidler / Zayas: Kriegsverbrechen in Europa und im Nahen Osten im 20. Jahrhundert, Mittler, Hamburg Berlin Bonn 2002
Helke Sander und Barbara Johr, BeFreier und Befreite.Krieg, Vergewaltigung, Kinder, Fischer Taschenbuch Verlag (2005), ISBN 3-596-16305-6
Reichling G., Die deutschen Vertriebenen in Zahlen, Bonn, 1986, 1989
Heinz Nawratil: 44. Massenvergewaltigungen bei der Besetzung Ostdeutschlands durch die Rote Armee.In Franz W. Seidler, Alfred M. Zayas Kriegsverbrechen in Europe und im im Osten Nahen 20. Jahrhundert.Mittler, Hamburg 2002, ISBN 3-8132-0702-1, S. 121-123
Brazilian, born in 1993 in the city of Fortaleza, pursuing a BA in Law from the University of Fortaleza.It
has self knowledge in the area of economics, political science and
amateur historical research with emphasis on unconventional topics or
scorned by the official academicism.
After
serving for many years in the business and commercial marketing, he
founded the blog The Sentinel (current site) where today is editor, one
of the drafters and one of the columnist.
Die Sonne geht über demTreptower Parkam Stadtrand von Berlin unter, und ich sehe eine Statue, die sich dramatisch am Horizont abzeichnet.In
12 Metern Höhe zeigt sie einen sowjetischen Soldaten, der ein Schwert
in der einen und ein deutsches Mädchen in der anderen Hand hält und auf
ein Hakenkreuz tritt.
Die
Statue markiert einen Ort, an dem 5.000 der 80.000 in der Schlacht um
Berlin getöteten Soldaten der Roten Armee zwischen dem 16. April und
dem 2. Mai 1945 beigesetzt sind.
Der kolossale Anteil des Denkmals spiegelt das Opfer dieser Soldaten wider.Für einige könnte die Statue jedoch das Grab des unbekannten Rappers genannt werden.
Es
gibt Aufzeichnungen darüber, dass Stalins Soldaten eine relativ große
Anzahl von Frauen in Deutschland und insbesondere in der deutschen
Hauptstadt angegriffen haben, aber dies wurde im Land nach dem Krieg
selten erwähnt und das Thema ist in Russland bis heute tabu.
Die russische Presse lehnt das Thema regelmäßig ab und sagt, es sei ein "vom Westen verbreiteter Mythos".
Die Manuskripte - die nie veröffentlicht wurden - zeigen, wie schwierig es in den Bataillonen war.(1)
Eine
von mehreren Quellen, die die verschiedenen Fälle von Vergewaltigungen
während des Zweiten Weltkriegs aufdecken, ist das Tagebuch des
sowjetischen Beamten Vladimir Gelfand, der am Ende der Schlacht seine
Berichte zu Papier brachte.
Die
Statue des Soldaten der Roten Armee ist eine Hommage an die
sowjetischen Soldaten, die am Ende des Zweiten Weltkriegs mitten in der
deutschen Hauptstadt im Berliner Außenposten getötet wurden
Im Februar 1945 war Gelfand in der Nähe des Oder-Damms und bereitete sich auf die Einfahrt nach Berlin vor.In seinem Tagebuch beschreibt er, wie seine Kameraden ein Bataillon von Militärfrauen umzingelten und dominierten.
"Die gefangenen Deutschen sagten, sie würden ihre toten Ehemänner rächen.Sie müssen gnadenlos zerstört werden.Unsere Soldaten schlugen vor,die Genitalien zu erstechen, aber ich würde sie nur hinrichten ", schrieb er.
Eine der aufschlussreichsten Passagen in Gelfands Tagebuch ist die vom 25. April, als er von seiner Ankunft in Berlin berichtet.Er fuhr Fahrrad in der Nähe der Spree, als er zum ersten Mal mit einer Gruppe deutscher Frauen Koffer und Pakete trug.In seinem schlechten Deutsch fragte er, wohin sie gingen und warum sie das Haus verließen.
"Mit Entsetzen im Gesicht erzählten sie mir, was in der ersten Nacht der Ankunft der Roten Armee passiertwar", schrieb er.
"Sie haben die ganze Nacht hier gestupst", erklärte das schöne deutsche Mädchen und hob ihren Rock."Sie waren alt, einige waren mit Pickeln übersät, und alle stießen mich an - nicht weniger als 20 Männer."Sie fing an zu weinen. "
"Sie
haben meine Tochter vor meinen Augen vergewaltigt, und sie können immer
noch zurückgehen und sie wieder vergewaltigen", sagte die arme Mutter.Dieser Gedanke erschreckte sie alle. "
"'Bleib hier,' fiel das Mädchen plötzlich auf mich, 'schlaf mit mir!Du kannst mit mir machen, was du willst, aber nur mit dir! "
Während die Rote Armee vorrückte, ermutigten Plakate die sowjetischen Soldaten, ihren Zorn zu zeigen:"Soldat: Sie sind jetzt auf deutschem Boden.Die Zeit der Rache ist gekommen! "(2)
Die Massenvergewaltigung von Frauen in Deutschland
Das deutsche MagazinSpiegelschätzt, dass die Sowjets rund 2 Millionen Frauen auf deutschem Gebiet und 100.000 in Berlin vergewaltigt haben.Dieselbe Quelle zeigt, dass sie im Durchschnitt etwa 17 Jahre alt waren und jeweils mindestens 12 Mal vergewaltigt wurden.Von
diesen Opfern starben etwa 12% unter Vertrag, entweder durch Selbstmord
oder aufgrund von Verletzungen, die von ihren Angreifern verursacht
wurden.Und fast die Hälfte von ihnen hat ein posttraumatisches Syndrom.(3)
Die sowjetische Krankheit
Die weibliche Bevölkerung wurde regelmäßig vergewaltigt.Britische Soldaten, die in deutschen Konzentrationslagern festgehalten wurden, erklärten nach seiner Rückkehr:
"Um
unser Lager, wo die Dörfer Schlawe, Lauenburg, Buckow ... sowjetische
Soldaten in den ersten Wochen ihrer Anwesenheit vergewaltigt wurden,
waren alle Kinder und Frauen zwischen 12 und 60 Jahren ... Eltern und
Ehemänner, die versuchten, sie zu schützen ermordet, genau wie Frauen,
die sich Vergewaltigungen widersetzt hatten, ermordet wurden "(4)
Der
Historiker Norman M. Naimark kam bei seinen Ermittlungen auf die Zahl
von 2.000.000 (zwei Millionen) deutschen Vergewaltigungsopfern.In
einigen Regionen sind die Fälle so groß geworden, dass spezielle Räume
für die Verhaftung, Folter und Vergewaltigung von Opfern eingerichtet
wurden, die oft erst freigelassen wurden, nachdem sie tagelang
Vergewaltigungen und Folter ausgesetzt waren.Einer der seltenen Fälle dokumentierter Berichte ist das Buch "Anonyma-Eine Frau in Berlin",
das Tagebuch einer Berlinerin, die Opfer des sexuellen Missbrauchs der
Sowjets wurde und das 2008 den gleichnamigen Film produzierte.( 5) (6)
Es
war ein weiteres Tagebuch, das während des Krieges geschrieben wurde.
Diesmal zeigt die Braut eines abwesenden deutschen Soldaten, dass sich
einige Frauen an diese schrecklichen Umstände gewöhnt haben, um zu
versuchen, zu überleben.
Anonym begann das Tagebuch am 20. April 1945, zehn Tage vor Hitlers Selbstmord.Wie
in Gelfands Tagebuch ist Ehrlichkeit brutal, die Beobachtungsgabe groß
und es gibt sogar gelegentliche Demonstrationen von Humor.
Die Tagebuchautorin beschreibt sichselbstals"blasse Blondine, die immer den gleichen Wintermantel trägt" undbeschreibt
das Leben der Nachbarn im Luftschutzbunker direkt unterhalb des
Wohnhauses, in dem sie in Berlin lebte, einschließlicheines
"jungen Mannes in grauen Hosen" und Hornbrille, die bei näherer
Betrachtung tatsächlich eine junge Frau ist, "und drei ältere
Schwestern," die wie ein großer Pudding zusammengepresst sind. "
Während sie auf die Ankunft der Roten Armee warten, machen sie sich lustig darüber zu sagen"besser ein Russe als ein Yankee über unseren Köpfen".Vergewaltigung gilt als besser, als von Bomben gesprüht zu werden.Aber
als die Soldaten in dem Keller ankommen, in dem sie leben, bitten die
Frauen die Autorin des Tagebuchs, ihre Russischkenntnisse zu nutzen, um
sich beim sowjetischen Kommando zu beschweren.
Sie
ist in der Lage, einen Offizier in der chaotischen Umgebung der Stadt
zu finden, aber er ergreift keine Maßnahmen, obwohl Stalin die Gewalt
gegen Zivilisten verboten hat."Es wird sowieso passieren", sagt er.
Beim
Versuch, in ihre Wohnung zurückzukehren, wird die Verfasserin des
Tagebuchs im Korridor vergewaltigt und fast erwürgt;Die Frauen, die im Keller wohnen, öffnen ihre Türen während der Vergewaltigung nicht, erst wenn alles vorbei ist.
"Meine Socken sind unten an meinen Schuhen, ich halte immer noch die Reste meines Strumpfgürtels.Ich fange an zu schreien 'Deine Nüsse!Sie haben mich hier zweimal vergewaltigt und du hast mich einfach gehen lassen wie Mist! '"
Mit der Zeit merkt sie, dass sie einen "Chefwolf" finden muss, um den "Rudel" -Vergewaltigungen ein Ende zu setzen.Die Beziehung zwischen Angreifer und Opfer wird weniger gewalttätig, mehrdeutig.Sie
teilt sich das Bett mit einem wichtigeren Offizier aus Leningrad, mit
dem sie über Literatur und den Sinn des Lebens spricht.
"Ich kann in keiner Weise sagen, dass der Major mich vergewaltigt.Ich mache das für Speck, Butter, Zucker, Kerzen, Fleischkonserven ...Außerdem mag ich den Major, und je weniger er mich als Mann will, desto mehr mag ich ihn als Person ",schrieb er.
Viele seiner Nachbarn haben ähnliche Vereinbarungen mit den Eroberern getroffen.
Dieses
Tagebuch wurde erst 1959 nach dem Tod des Autors mit dem Titel "Eine
Frau in Berlin" veröffentlicht und wegen "Anlaufens der Ehre deutscher
Frauen" kritisiert.(?!)
2008 wurde aus dem Berliner Tagebuch ein Film namens "Anonyma"mit der bekannten deutschen Schauspielerin Nina Hoss.Der Film hatte eine kathartische Wirkung in Deutschland und ermutigte viele Frauen, über ihre Erfahrungen zu sprechen.(1)
Darunter war auch die 90-jährige Ingeborg Bullert.Sie lebt in Hamburg, Norddeutschland.1945 war sie 20, träumte von einer Schauspielerin und lebte mit ihrer Mutter in Berlin.
Als der sowjetische Angriff begann, suchte sie Zuflucht im Keller des Gebäudes - genau wie die Frau im Tagebuch.
"Plötzlich standen Panzer auf unserer Straße und überall Leichen russischer und deutscher Soldaten", sagte er.
Während
einer Pause bei den Luftangriffen kam Ingeborg aus dem Keller und holte
ein Stück Draht in die Wohnung, um einen Docht für eine Glühbirne zu
montieren.
"Plötzlich richteten zwei sowjetische Soldaten Waffen auf mich.Einer
von ihnen zwang mich, mich zu entlarven und vergewaltigte mich, also
tauschten sie Plätze und der andere vergewaltigte mich.Ich dachte, ich würde sterben, dass sie mich töten würden. "
Ingeborg verbrachte Jahrzehnte ohne über Kriminalität zu sprechen.
Die Vergewaltigungen haben Frauen in ganz Berlin getroffen.Ingeborg
erinnert sich, dass Frauen zwischen 15 und 55 Jahren auf sexuell
übertragbare Krankheiten untersucht werden mussten.
"Sie
brauchten das ärztliche Attest, um die Lebensmittelmarken zu bekommen,
und ich erinnere mich, dass alle Ärzte diese Atteste ausgestellt haben
und die Warteräume voller Frauen waren."
Niemand weiß genau, wie viele Frauen in Deutschland von ausländischen Kämpfern sexuell missbraucht wurden.Die
am häufigsten genannte Zahl wird auf 100.000 Frauen geschätzt, die
allein in Berlin vergewaltigt wurden - und zwei Millionen auf deutschem
Gebiet.
Es
gibt Dokumente, die - aufgrund der "besonderen Situation" - eine hohe
Zahl von Abtreibungsansprüchen gegen das damalige Gesetz aufdecken.
Natalya
Gesse, Freundin von Andrei Sacharow, sagte: "Die Russen haben alle
Frauen im Alter von acht bis achtzig Jahren vergewaltigt."(8) (9) (10)
Der
Historiker Antony Beevor recherchierte für das Buch, das er 2002 über
den Fall Berlins herausgebracht hatte, und fand im Staatsarchiv der
Russischen Föderation Dokumente über sexuelle Gewalt.Sie waren Ende 1944 von der damaligen Geheimpolizei, dem NKWD, an den Chef dieser Polizei, Lavrentiy Beria, geschickt worden.
"Sie wurden an Stalin weitergegeben.Man
kann sogar sehen, ob sie gelesen wurden oder nicht - und sie berichten
von Massenvergewaltigungen in Ostpreußen und davon, wie deutsche Frauen
versuchten, ihre Kinder zu töten und sich selbst zu töten, um
Vergewaltigungen zu vermeiden ", sagte er.(1)
Der Anwalt Ingo von Münch stellt in seinem Buch"Frau, komm!"Fest,
dass die Fälle der Vergewaltigung deutscher Mädchen und Frauen durch
Angehörige der sowjetischen Armee zweifellos als Kriegsverbrechen
charakterisiert wurden.Nie
in einem Land und in so kurzer Zeit erlitten so viele Frauen Gewalt und
Vergewaltigung durch ausländische Soldaten wie in den Jahren 1944 und
1945 nach dem sowjetischen Einmarsch in Deutschland.Erschreckend war auch die Brutalität der Misshandlung von Frauen durch Kriminelle.(7)
Der
deutsche Militärgeheimdienst Fremde Heere Ost verzeichnete folgende
Vergewaltigungsvorfälle: in den östlichen Regionen: 1.400.000
Straftaten;in Gebieten der sowjetischen Besatzung außer Berlin: 500.000 Straftaten und in Berlin: 100.000 Straftaten(11) (12)
Nach
dem Sommer 1945 erhielten die sowjetischen Soldaten, die eine solche
Tat begingen, Strafen wegen Hängens oder Gefängnisses.
Die
Vergewaltigungen dauerten jedoch bis 1948, als Deutschland endlich
seine politische Struktur wiedererlangte und die Soldaten der
Sowjetunion nur noch auf von der Zivilbevölkerung getrennten Wachposten
saßen.(13) (14) (15)
Die russische Verlegenheit mit seiner Geschichte heute
Das
russische Parlament hat kürzlich ein Gesetz verabschiedet, das
vorsieht, dass jeder, der die Geschichte Russlands im Zweiten Weltkrieg
abwertet, Geldstrafen zahlen oder bis zu fünf Jahre inhaftiert werden
muss.
Die
junge Historikerin Vera Dubina von der Moskauer Universität für
Geisteswissenschaften erfuhr von den Vergewaltigungen erst, als sie
aufgrund eines Stipendiums nach Berlin kam.Sie schrieb eine Studie zu diesem Thema, bemühte sich jedoch, sie zu veröffentlichen.
Vitaly
Gelfand, der Sohn des Journalisten Vladimir Gelfand, bestreitet nicht,
dass viele sowjetische Soldaten während des Krieges Tapferkeit und
Opfer gezeigt haben, aber dies ist seiner Meinung nach nicht die
einzige Geschichte.
Kürzlich
gab Vitaly ein Interview in einem russischen Radio, das eine Welle von
antisemitischem "Trolling" in sozialen Netzwerken auslöste. Sehen Sie,
was für ein Widerspruch.Viele haben gesagt, dass das Tagebuch falsch ist und Vitaly nach Israel auswandern sollte.Trotzdem hofft Vitaly, dass das Tagebuch noch in diesem Jahr in Russland veröffentlicht wird.Teile davon wurden bereits ins Deutsche und Schwedische übersetzt.
"Wenn die Leute die Wahrheit nicht wissen wollen, machen sie nur Spaß.Die
ganze Welt versteht (dass es zu Vergewaltigungen gekommen ist),
Russland versteht und die Menschen hinter den neuen Gesetzen über die
Verleumdung der Vergangenheit, auch wenn sie es verstehen.Wir können nicht weitermachen, ohne auf die Vergangenheit zu schauen ",sagte er.
Die reale Zahl kann nie bekannt sein.Sowjetische Militärgerichte und andere Quellen bleiben geheim.
Siebzig
Jahre nach Kriegsende zeigt die Forschung immer noch das Ausmaß der
sexuellen Gewalt, die die Deutschen nicht nur in den Händen der
Sowjets, sondern auch der Amerikaner, Briten und Franzosen erleiden.(1)
Vergewaltigungen der Alliierten
Professor Miriam Gebhardts Buch"Als die Soldaten kamen"enthält
Interviews mit Opfern, Geschichten von Vergewaltigungskindern und
Forschungen, die er über eineinhalb Jahre lang in Geburtsakten in
Westdeutschland durchgeführt hat Verbündete und Westberlin.Er
schätzt, dass französische, britische und amerikanische Soldaten am
Ende des Zweiten Weltkriegs 860.000 Deutsche vergewaltigten, darunter
190.000 sexuelle Übergriffe amerikanischer Soldaten.
"Jetzt,
70 Jahre nach dem Krieg, gibt es eine lange Zeit, in der man vermuten
könnte, dass es sich um eine deutsche Viktimisierunghandelt",sagte Gebhardt, Autor und Dozent an der Universität Konstanz beiThe Local."Es
geht nicht mehr darum, die Verantwortung der Deutschen für den
Zweiten Weltkrieg und den Holocaust relativieren zu wollen."
Gebhardt
sagte, er habe diese Anzahl sexueller Übergriffe erreicht, indem er die
sogenannten "Kriegskinder" schätzte, die in den 1950er Jahren
unverheirateten deutschen Frauen geboren wurden. Fünf Prozent seien
Vergewaltigungsprodukte.
Sie schätzt auch, dass es pro Geburt 100 Vergewaltigungen gab, darunter Männer und Jungen.
Gebhardt-Zahlen sind größer als frühere Schätzungen.Ein
2003 von dem amerikanischen Kriminologieprofessor J. Robert Lilly gut
aufgenommenes Buch schätzt, dass amerikanische Soldaten in Deutschland
etwa 11.000 Vergewaltigungen begangen haben.
Während
in dem Artikel von Der Spiegel die Frage aufgeworfen wurde, ob die
Zahlen von Gebhardt die Häufigkeit sexueller Übergriffe in Deutschland
nach dem Krieg korrekt widerspiegeln, erklärte Lilly dem Local, dass
ihre Schätzungen mit Sicherheit vernünftig seien.
"Gebhardts Zahlen sind plausibel, aber seine Arbeit ist kein definitiver Bericht",
erklärte Lilly in einem Interview mit The Local, dass aus Mangel
an Aufzeichnungen keine genauen Zahlen bekannt sein könnten.
"Es
ist die Bestätigung meiner Forschungen und ergänzt diese laufende
Diskussion darüber, was im Krieg vor sich geht - wovon wir nicht
sprechen."
Ein
Großteil der Diskussion, dass die sexuellen Angriffe auf die Deutschen
sich auf die sowjetischen Truppen in Ostdeutschland konzentrierten, die
in ihrer Zeit schätzungsweise zwischen einer und zwei Millionen
Vergewaltigungen begangen haben.Aber Gebhardt sagte, er wolle sich der Annahme widersetzen, dass nur die Rote Armee für solche Taten verantwortlich sei.
"Goebbels
warnte, was die Rote Armee Deutschland antun würde: Frauen
vergewaltigen und Gräueltaten gegen Zivilisten begehen ... Menschen,
die eher von westlichen Truppen als von den Sowjets besetztwaren", sagte sie."Aber der Ablauf war der gleiche.Beide Seiten plünderten Wertsachen und Souvenirs, und Soldaten vergewaltigten häufig Frauen. "
Gebhardts
Nachforschungen umfassten auch Aufzeichnungen von bayerischen
Priestern, die den Vormarsch der Alliierten 1945 aufzeichneten,
einschließlich einer Beschreibung, die besagt:
"Das
traurigste Ereignis während des Durchbruchs waren drei
Vergewaltigungen, eine bei einer verheirateten Frau, eine bei einer
alleinstehenden Frau und eine bei einem makellosen 16,5-jährigen
Mädchen.Sie wurden von stark betrunkenen Amerikanern begangen. "
Das
Buch malt ein viel dunkleres Bild als das, was in den Filmen und in der
Literatur der alliierten Truppen oft zu sehen ist, die die Deutschen
vom Naziregime befreiten und sich deshalb die Zeit nehmen könnten,
damit die Menschen es vollständig aufnehmen können, sagte Lilly.
"Es wird bis zu einem gewissen Grad widerstanden.Es
gibt amerikanische Gelehrte, die das nicht mögen, weil sie denken, dass
die von den Deutschen begangenen Kriegsverbrechen weniger schlimm sein
werden ", sagte Lilly.
Dies erfordert Gebhardts Einstellung zu seiner Arbeit, die lediglich das Grauen solcher Aktionen im Krieg entlarven soll.Die Vergewaltigungen "dauerten Jahre, nicht nur im Moment der Eroberung", fügte er hinzu.
"Sie
waren nicht nur Teil der Gewalt, die in den letzten Wochen und Tagen
des Krieges stattfand, sondern sie hielten jahrelang an."(2)
Die schwarzen Staffeln
Götz
Aly, ein bekannter Historiker, warf den alliierten schwarzen Soldaten
systematische Vergewaltigung deutscher Frauen im Zweiten Weltkrieg vor.Als Autor des Buches"Hitlers Nutznießer" äußerte ersich
während einer Pressekonferenz auf der Ausstellung "Dritte Welt im
Zweiten Weltkrieg" in Berlin über die Rolle Tausender Afrikaner und
Asiaten bei der Niederlage Nationalsozialismus.
Obwohl
sie zum Vortrag eingeladen wurde, lehnte Aly die von ihm als "politisch
korrekt" bezeichnete Version der Geschichte ab und argumentierte, dass
Menschen aus kolonisierten Ländern tatsächlich ein "Parallelinteresse"
mit den Nationalsozialisten hätten, imperialistische Nationen wie
England und Frankreich zu besiegen.
Er
verglich das Verhalten britischer und französischer schwarzer Soldaten
mit den berüchtigten Massenvergewaltigungen der Russen in
Ostdeutschland und Berlin.
"Jede Stadt im Südwesten Deutschlands kann Vergewaltigungsgeschichten von schwarzen Soldaten erzählen,diesystematischnichts anderes als Russenhaben", sagte Aly.
Er
beschrieb auch schwarze Soldaten, britische Asiaten und Franzosen als
"unfreie Befreier", deren Beitrag zur Niederlage Hitlers daher nicht
gefeiert werden sollte.
Vergewaltigung
war im Herbst in Deutschland üblich, aber Historiker sind sich einig,
dass die Rote Armee für die überwiegende Mehrheit des sexuellen
Missbrauchs verantwortlich ist.
Dennis
Goodwin, Präsident der Veteranenvereinigung des Ersten Weltkriegs, der
auch für andere Veteranen spricht - und selbst ein Veteran Birmas
während des Zweiten Weltkriegs -, sagte, Alys Aussagen machten keinen
Sinn.
"Es gibt keinen Vergleich mit den Russen, die offen damit prahlen.Es gibt viele Historiker, die sich dieser Ansicht widersetzen würden.Ich kann nicht für Franzosen oder Amerikaner sprechen, aber es gab keine britischen schwarzen Bataillone in Deutschland ", sagte er.
Aly in"Hitlers Nutznießer"argumentiert,
dass die deutschen Nationalsozialisten Waren, die Juden entnommen und
europäische Länder erobert wurden, gerecht verteilt hätten.(16)
Vergewaltigungen innerhalb der US-Armee sind heute an der Tagesordnung
Eine Frau auf dem Schlachtfeld zu sein, ist oft gefährlicher als der Feind zu sein.Der amerikanische Dokumentarfilm"The Invisible War"zeigt Aussagen von 100 Frauen, die Opfer von Vergewaltigungen in der Kaserne der US-Armee wurden.
Die verschiedenen Frauen wurden von ihren Kollegen und / oder Vorgesetzten vergewaltigt.Allein
1991, vor fast zwei Jahrzehnten, schätzte der US-Kongress dem
Dokumentarfilm zufolge, dass bis dahin 200.000 Frauen beim US-Militär
sexuell missbraucht worden waren.
Aber das sind die Zahlen der Frauen, die die Beschwerde einreichen konnten.Bei fast allen Opfern wurde ihre Position bedroht, wenn sie versuchten, die Verbrechen zu melden.Rechtsanwältin
Susan Burke, eine der Quellen in der Dokumentation, sagt, dass sie
"wiederholt der Vergewaltigung der Soldaten zugehört hat, mag eine
schlechte Sache sein, aber wissen Sie, was schlimmer ist?Erhalten Sie eine professionelle Vergeltung in Ihrer gewählten Karriere.Einfach, weil sie vergewaltigt wurden. "
"Selbst
mit der Vergewaltigungsausrüstung und allem anderen und mit meinem
Freund, der meinen Angreifer gefangen hat, wollten sie mir immer noch
nicht glauben, als ich mich gemeldet habe", sagt Christina Jones.
Vergewaltigung macht es schwierig, psychische und physische Zeichen zu heilen.Kori Cioca war Teil der amerikanischen Küstenwache, als sie von ihrem Vorgesetzten vergewaltigt wurde.Ihr
Gesicht war während der Tat so verletzt, dass sie bis heute
Komplikationen im Kiefer hat und jahrelang nur von Gelatine, Püree,
Kartoffeln und geschlagenen Lebensmitteln lebt, weil sie keinerlei
Lebensmittel mehr kauen kann.
Kriege sind Zeiten, in denen jeder sehr leidet.Ob Frauen, Männer, Kinder oder Tiere.Aber
das Verbrechen der Vergewaltigung ist eine tägliche und unfaire
Schlacht, in der der Feind immer unbekannt ist und der Angriff
normalerweise unerwartet ist.(3)
(4) -Kongressprotokoll,
Senat, Washington, 4. Dezember 1945, S. 11374, in: Alfred M. de Zayas:
Die Anglo-Amerikaner und die Vertreibung der Deutschen, Ullstein, 1988,
S. 87.
Original: [...]Väter und Gatten[...]Väter und Gatten[...]Väter und Gatten[...]Väter und Gatten[...]Väter
und Gatten (Väter und Gatten) , die versuchten, die Frauen zu schützen,
wurden erschossen, und Mädchen, die zu viel Wiederstand leisteten,
wurden ebenfalls ermordet ")
(5) - Norman M. Naimark Die Russen in Deutschland, 1997, ISBN 3549055994
(6) - Anonyma, Eine Frau in Berlin-Tagebuchaufzeichnungen vom 20. April bis zum 22. Juni 1945, Berlin 2005, ISBN 3-44273-216-6.
(7)-Vgl.Ingo von Münch, "Frau, komm!", AaO, S. 10-15.
(8) -Helke Sander / Barbara Johr: BeFreier und Befreite, Fischer, Frankfurt 2005
(9) -Seidler / Zayas: Kriegsverbrechen in Europa und im Nahen Osten im 20. Jahrhundert, Mittler, Hamburg Berlin Bonn 2002
Helke Sander und Barbara Johr, BeFreier und Befreite.Krieg, Vergewaltigung, Kinder, Fischer Taschenbuch Verlag (2005), ISBN 3-596-16305-6
G. Reichling, Die deutschen Vertriebenen in Zahlen, Bonn 1986, 1989
Heinz Nawratil: 44. Massenvergewaltigungen bei der Besetzung Ostdeutschlands durch die Rote Armee.In: Franz W. Seidler, Alfred M. de Zayas, Kriegsverbrechen in Europa und im Nahen Osten im 20. Jahrhundert.Mittler, Hamburg 2002, ISBN 3-8132-0702-1, S. 121-123
SENTINELA.ORG
ist in der Tat ein informatives Medienprojekt der brasilianischen
nationalistischen und traditionalistischen Voreingenommenheit, das vom
Team selbst gepflegt wird. Zusätzlich zu unseren Lesern und Anhängern
unserer sozialen Medien wird es zeitnah geschrieben, bearbeitet und
aktualisiert.
Der
Inhalt wird immer kostenlos und kostenlos sein, aber wenn Sie dieses
Projekt fördern möchten, können Sie mit jedem Wert tun.Somit sind SIE der Finanzier derer, die an die nationale Sache glauben.
Der
1993 in Fortaleza geborene Brasilianer hat einen Bachelor-Abschluss in
Rechtswissenschaften der Universität von Fortaleza. Er verfügt über
autonome Kenntnisse in den Bereichen Wirtschaft, Politik und
Amateurgeschichte mit Schwerpunkt auf nichtkonventionellen Fächern oder
vom offiziellen Akademismus verachtet.
Nachdem er viele Jahre
im Geschäfts- und Handelsmarketing gearbeitet hatte, gründete er den
Blog O Sentinela (aktuelle Seite), wo er heute Redakteur, einer der
Autoren und einer der Kolumnisten ist.