70 anos após fim da guerra, estupro coletivo de alemãs ainda é episódio pouco conhecido
One night, seeking shelter for herself and her
baby, Anna Zedek encountered a group of Red Army soldiers. Dann kamen Russen und haben mich immer beleuchtet
mit Taschenlampen Licht oder was sie da hatten und dann kam einer und sagt Frau,
jetzt bekommst du ein Quartier und das Quartier war ein Luftschutzbunker und in
dem stand ein Tisch drin und in der Nacht kam ein Russe nach dem anderen und
alle haben mich da auf dem Tisch vorgenommen. Da ist man wie tot, der ganze Körper
ist wie verkrampft. Ekel empfindet man da, Ekel. Ich kann mich nicht anders ausdrücken,
das war doch alles gegen unseren Willen wir waren ja Freiwild für die. Das ging
am laufenden ich kann nicht sagen 10, 15-mal jedenfalls das kam und ging. Das sind
viele die hintereinander gekommen sind die haben nichts äh- einer weiß ich der wollte
auch ich soll mich hinlegen und dann sagt er `wie viele Kameraden sind schon da
gewesen? Ziehen sie sich an. Если бы вы знали, что
кто-то кого-то изнасиловал? Никто на это не обращал
внимания. Наоборот, рассказывали солдаты друг другу и, так сказать, это был
такой импульс геройства, или доблести, или как там сказать… что он там переспал
с такой-то женщиной, и не с одной – с двумя, с тремя. Вот так. Даже если
кого-то там убили, ну так мало ли что – война. А подумаешь, большое дело там - переспал
солдат с какой-то девушкой, женщиной… Вам не обидно, когда
слышите об этом? Ну, конечно, обидно. Оно
обидно и не то чтоб обидно, обидно так сказать за то, что репутацию такую наша страна
получила. И с другой стороны, понимаете, и злость на тех людей которые так
делали. Вот мне это не подходит, я
отрицательно, абсолютно отрицательно к этим людям отношусь, абсолютно отрицательно.
It is astimated that as many two million german
women were raped by red army soldiers Transkribiert von TurboScribe.ai.
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O papel da União Soviética na derrota da Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial, há 70 anos, é visto como uma das grandes glórias da história recente da Rússia e de seu passado comunista. Mas existe um lado sombrio e pouco conhecido nessa história: os estupros em massa cometidos no final da guerra por soldados soviéticos contra mulheres alemãs. Alguns leitores poderão achar esta história perturbadora. O sol se põe sobre o Treptower Park, nos arredores de Berlim, e eu observo uma estátua que faz um desenho dramático contra o horizonte. Com 12 metros de altura, ela mostra um soldado soviético segurando uma espada numa mão e uma menina alemã na outra, pisando sobre uma suástica quebrada. A estátua marca um lugar onde estão enterrados 5 mil dos 80 mil soldados do Exército Vermelho mortos na Batalha por Berlim entre 16 de abril e 2 de maio de 1945. A proporção colossal do monumento reflete o sacrifício destes soldados. No entanto, para alguns, a estátua poderia ser chamada de Túmulo do Estuprador Desconhecido. Existem registros de que os soldados de Stálin atacaram um número bastante alto de mulheres na Alemanha e, em particular, na capital alemã, mas isto era raramente mencionado no país depois da guerra e o assunto ainda é tabu na Rússia de hoje. A imprensa russa rejeita o tema regularmente e diz tratar-se de um “mito espalhado pelo Ocidente”. Diario de Vladimir Gelfand traz revelações polêmicas sobre conduta de soldados soviéticos Diário de um tenenteUma das muitas fontes de informação sobre estes estupros é o diário mantido por um jovem oficial soviético judeu, Vladimir Gelfand, um tenente vindo da região central da Ucrânia, que, de 1941 ao fim da Guerra, pôs no papel seus relatos, apesar de os soviéticos terem proibido diários de militares. Os manuscritos – que nunca foram publicados – mostram como a situação era difícil nos batalhões: alimentação pobre, piolhos, antissemitismo e soldados roubando botas uns dos outros. Em fevereiro de 1945, Gelfand estava perto da represa do rio Oder, preparando-se para a entrada em Berlim. Em seu diário, ele descreve como seus camaradas cercaram e dominaram um batalhão de mulheres militares. “As alemãs capturadas disseram que estavam vingando seus maridos mortos. Elas devem ser destruídas sem piedade. Nossos soldados sugeriram esfaqueamento das genitais, mas eu apenas as executaria”, escreveu. Uma das passagens mais reveladoras do diário de Gelfand é a do dia 25 de abril, quando ele narra a chegada a Berlim. Ele estava andando de bicicleta perto do rio Spree, a primeira vez que andou de bicicleta, quando cruzou com um grupo de mulheres alemãs carregando malas e pacotes. Em seu alemão ruim, ele perguntou para onde estavam indo e a razão de terem saído de casa. “Com horror em seus rostos, elas me disseram o que tinha acontecido na primeira noite da chegada do Exército Vermelho”, escreveu. “‘Eles cutucaram aqui a noite toda’, explicou a bela garota alemã, levantando a saia. ‘Eles eram velhos, alguns estavam cobertos de espinhas e todos eles montaram em mim e me cutucaram – não menos do que 20 homens’. Ela começou a chorar.” “‘Eles estupraram minha filha na minha frente e eles ainda podem voltar e estuprá-la de novo’, disse a pobre mãe. Este pensamento deixou todas aterrorizadas.” “‘Fique aqui’, a garota, de repente, se atirou em cima de mim, ‘durma comigo! Você pode fazer o que quiser comigo, mas só você!'” Gelfand descreveu em seu diário como andou de bicicleta pela primeira vez em Berlim ProibiçãoÀquela altura, já se sabia de horrores cometidos por soldados alemães na invasão da União Soviética. O próprio Gelfand tinha ouvido essas histórias. “Ele passou por tantos vilarejos nos quais os nazistas tinham matado todos, mesmo crianças pequenas. E ele viu provas de estupro”, disse o filho do soldado, Vitaly Gelfand. As Forças Armadas alemãs estavam longe da imagem de força disciplinada “ariana” que não se interessaria em ter relações sexuais com Untermenschen(povos inferiores, em alemão). Tanto que, segundo Oleg Budnitsky, historiador da Escola Superior de Economia de Moscou, os comandantes nazistas, preocupados com o alto número de doenças venéreas entre seus soldados, estabeleceram uma cadeia de bordéis militares nos territórios ocupados. É difícil encontrar provas de como os soldados alemães tratavam as mulheres russas, muitas vítimas não sobreviveram. Mas no Museu Alemão-Russo de Berlim, o diretor, Jorg Morre, mostra uma foto feita na Crimeia, parte do álbum pessoal de um soldado alemão, feito durante a guerra. Relatos revelam estupro de mulheres russas por alemães e de mulheres alemãs por russos Soldados e oficiais não podiam escrever diários, pois eles eram considerados uma ameaça à segurança Na imagem, o cadáver de uma mulher é visto no chão. “Parece que ela foi morta no estupro ou após o estupro. A saia está puxada para cima e as mãos estão na frente do rosto. É uma foto chocante. Tivemos discussões no museu sobre se deveríamos mostras as fotos – isto é guerra, isto é violência sexual sob a política alemã na União Soviética. Estamos mostrando a guerra. Não falando sobre, mas mostrando”, disse. Enquanto o Exército Vermelho avançava, cartazes estimulavam os soldados soviéticos a mostrarem sua raiva: “Soldado: Você agora está em solo alemão. A hora da vingança chegou!”. Os soldados soviéticos também distribuíram alimentos para os moradores de Berlim PesquisaEnquanto pesquisava para o livro que lançou em 2002 sobre a queda de Berlim, o historiador Antony Beevor encontrou, no arquivo estatal da Federação Russa, documentos que detalham a violência sexual. Eles tinham sido enviados pela então polícia secreta, a NKVD, para o chefe desta polícia, Lavrentiy Beria, no final de 1944. “Eles foram passados para Stálin. Você pode até ver se eles foram lidos ou não – e eles relatam estupros em massa no leste da Prússia e a forma como as mulheres alemãs tentavam matar os filhos e se matar, para evitar os estupros”, disse. Outro diário escrito durante a guerra, deste vez o da noiva de um soldado alemão ausente, mostra que algumas mulheres se adaptaram a estas circunstâncias horríveis para tentar sobreviver. O diário, anônimo, começou a ser escrito no dia 20 de abril de 1945, dez dias antes do suicídio de Hitler. Como no diário de Gelfand, a honestidade é brutal, o poder de observação é grande e há até demonstrações ocasionais de humor. Se descrevendo como uma “loira pálida que está sempre com o mesmo casaco de inverno”, a autora do diário descreve a vida dos vizinhos no abrigo contra bombas logo abaixo do prédio de apartamentos onde ela morava em Berlim, incluindo “um jovem em calças cinzas e óculos de armação de chifre que, em uma observação mais atenta, é, na verdade, uma jovem”, e três irmãs mais velhas, “espremidas, juntas, como um grande pudim”. Enquanto aguardam a chegada do Exército Vermelho, elas fazem piada dizendo “melhor um russo em cima do que um ianque sobre nossas cabeças”. Estupro é considerado melhor do que ser pulverizada por bombas. Mas quando os soldados chegam ao porão onde elas moram, as mulheres imploram para a autora do diário usar suas habilidades no idioma russo para reclamar ao comando soviético. Ela consegue encontrar um oficial no ambiente caótico da cidade, mas ele não toma providência alguma, apesar do decreto de Stálin proibindo a violência contra civis. “Vai acontecer de qualquer jeito”, diz. Ao tentar voltar para seu apartamento, a autora do diário é estuprada no corredor e quase estrangulada; as mulheres que vivem no porão não abrem as portas durante o estupro, apenas depois que tudo acaba. Em meio às ruínas de Berlim e para evitar estupros coletivos, muitas alemãs fizeram acordos com altos oficiais soviéticos
“Minhas meias estão caídas em cima dos meus sapatos, ainda estou segurando o que sobrou da minha cinta-liga. Começo a gritar ‘Suas porcas! Eles me estupraram duas vezes aqui e vocês me deixaram largada como lixo!'” Com o passar do tempo, ela percebe que precisa achar um “lobo-chefe” que ponha fim aos estupros da “alcateia”. A relação entre agressor e vítima fica menos violenta, mais ambígua. Ela divide a cama com um oficial mais importante, vindo de Leningrado, com quem ela conversa sobre literatura e o sentido da vida. “Não posso falar, de maneira nenhuma, que o major está me estuprando. Estou fazendo isto por bacon, manteiga, açúcar, velas, carne enlatada…. Além do mais, gosto do major e, quanto menos ele quer de mim como homem, mais gosto dele como pessoa”, escreveu. Muitas de suas vizinhas fizeram acordos parecidos com os conquistadores. Este diário só foi publicado em 1959, depois da morte da autora, com o título Uma Mulher em Berlim, e foi criticado por “macular a honra das mulheres alemãs”. Ingeborg Bullert hoje vive em Hamburgo e nunca falou sobre quando foi estuprada por soviéticos Com 20 anos na época,
Ingeborg foi violentada quando voltava para o apartamento em Berlim
FilmeSetenta anos depois do fim da guerra, pesquisas ainda revelam a dimensão da violência sexual sofrida pelas alemãs nas mãos não apenas dos soviéticos, mas também de americanos, dos britânicos e dos franceses. Em 2008, o diário da berlinense foi transformado em um filme, chamado deAnonyma, com uma atriz alemã conhecida, Nina Hoss. O filme teve um efeito catártico na Alemanha e estimulou muitas mulheres a falarem sobre suas experiências. Entre elas estava Ingeborg Bullert, hoje com 90 anos. Ela mora em Hamburgo, no norte da Alemanha. Em 1945, ela tinha 20 anos, sonhava em ser atriz e vivia com a mãe em Berlim. Quando o ataque soviético começou, ela se refugiou no porão do prédio – assim como a mulher no diário. “De repente havia tanques em nossa rua e, em toda parte, corpos de soldados russos e alemães”, disse. Durante uma pausa nos ataques aéreos, Ingeborg saiu do porão para pegar um pedaço de fio no apartamento, para montar um pavio para uma lâmpada. “De repente, havia dois soldados soviéticos apontando revólveres para mim. Um deles me obrigou a me expor e me estuprou, então eles trocaram de lugar e o outro me estuprou. Pensei que ia morrer, que eles iam me matar.” Ingeborg passou décadas sem falar sobre o crime. Os estupros afetaram mulheres em toda Berlim. Ingeborg lembra que as mulheres entre 15 e 55 anos tinham que fazer exames para doenças sexualmente transmissíveis. “Você precisava do atestado médico para conseguir os cupons de comida e lembro que todos os médicos faziam estes atestados e que as salas de espera estavam cheias de mulheres.” Vitaly Gelfand, filho de Vladimir, luta para ter diário do pai publicado na Rússia NúmeroNinguém sabe exatamente quantas mulheres foram vítimas de violência sexual de combatentes estrangeiros na Alemanha. O número mais citado estima em 100 mil as mulheres estupradas apenas em Berlim – e em dois milhões no território alemão. Há documentos que expõem um alto número de pedidos de aborto – contra a lei na época –, devido à “situação especial”. É provável que nunca se saiba o número real. Tribunais militares soviéticos e outras fontes continuam secretas. O Parlamento russo aprovou recentemente uma lei que afirma que qualquer pessoa que deprecie a história da Rússia na Segunda Guerra Mundial pode ter que pagar multas ou ser preso por até cinco anos. Uma jovem historiadora da Universidade de Humanidades de Moscou, Vera Dubina, só descobriu sobre os estupros depois de ir para Berlim devido a uma bolsa de estudos. Ela escreveu um estudo sobre o assunto, mas enfrentou dificuldades para publicá-lo. Vitaly Gelfand, filho do autor do diário, Vladimir Gelfand, não nega que muitos soldados soviéticos demonstraram bravura e sacrifício durante a guerra, mas, segundo ele, esta não é a única história. Rússia aprovou nova lei para evitar difamação de soldados soviéticos Recentemente, Vitaly deu uma entrevista em uma rádio russa que desencadeou uma onda de “trollagem” antissemita em redes sociais. Muitos disseram que o diário é falso e que Vitaly deveria emigrar para Israel. Mesmo assim, Vitaly espera que o diário seja publicado na Rússia ainda neste ano. Partes dele já foram traduzidas para o alemão e para o sueco. “Se as pessoas não querem saber a verdade, estão apenas se iludindo. O mundo todo entende (que ocorreram estupros), a Rússia entende e as pessoas por trás das novas leis sobre difamar o passado, até elas entendem. Não podemos avançar sem olhar para o passado”, disse.
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70 Jahre nach Kriegsende ist die Gruppenvergewaltigung deutscher Frauen immer noch wenig bekannt
One night, seeking shelter for herself and her
baby, Anna Zedek encountered a group of Red Army soldiers. Dann kamen Russen und haben mich immer beleuchtet
mit Taschenlampen Licht oder was sie da hatten und dann kam einer und sagt Frau,
jetzt bekommst du ein Quartier und das Quartier war ein Luftschutzbunker und in
dem stand ein Tisch drin und in der Nacht kam ein Russe nach dem anderen und
alle haben mich da auf dem Tisch vorgenommen. Da ist man wie tot, der ganze Körper
ist wie verkrampft. Ekel empfindet man da, Ekel. Ich kann mich nicht anders ausdrücken,
das war doch alles gegen unseren Willen wir waren ja Freiwild für die. Das ging
am laufenden ich kann nicht sagen 10, 15-mal jedenfalls das kam und ging. Das sind
viele die hintereinander gekommen sind die haben nichts äh- einer weiß ich der wollte
auch ich soll mich hinlegen und dann sagt er `wie viele Kameraden sind schon da
gewesen? Ziehen sie sich an. Если бы вы знали, что
кто-то кого-то изнасиловал? Никто на это не обращал
внимания. Наоборот, рассказывали солдаты друг другу и, так сказать, это был
такой импульс геройства, или доблести, или как там сказать… что он там переспал
с такой-то женщиной, и не с одной – с двумя, с тремя. Вот так. Даже если
кого-то там убили, ну так мало ли что – война. А подумаешь, большое дело там - переспал
солдат с какой-то девушкой, женщиной… Вам не обидно, когда
слышите об этом? Ну, конечно, обидно. Оно
обидно и не то чтоб обидно, обидно так сказать за то, что репутацию такую наша страна
получила. И с другой стороны, понимаете, и злость на тех людей которые так
делали. Вот мне это не подходит, я
отрицательно, абсолютно отрицательно к этим людям отношусь, абсолютно отрицательно.
It is astimated that as many two million german
women were raped by red army soldiers Transkribiert von TurboScribe.ai.
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Die Rolle der Sowjetunion beim Sieg über Nazi-Deutschland im Zweiten Weltkrieg vor 70 Jahren wird als einer der großen Erfolge der jüngeren Geschichte Russlands und seiner kommunistischen Vergangenheit angesehen. Aber es gibt eine dunkle und wenig bekannte Seite dieser Geschichte: die Massenvergewaltigungen, die am Ende des Krieges von sowjetischen Soldaten an deutschen Frauen begangen wurden. Einige Leser werden diese Geschichte vielleicht als beunruhigend empfinden. Die Sonne geht gerade über dem Treptower Park am Rande Berlins unter, und ich blicke auf eine Statue, die sich dramatisch vom Horizont abhebt. Sie ist zwölf Meter hoch und zeigt einen sowjetischen Soldaten mit einem Schwert in der einen und ein deutsches Mädchen in der anderen Hand, das über ein zerbrochenes Hakenkreuz schreitet. Die Statue markiert die Grabstätte von 5.000 der 80.000 Rotarmisten, die zwischen dem 16. April und dem 2. Mai 1945 in der Schlacht um Berlin gefallen sind. Die kolossalen Ausmaße des Denkmals spiegeln die Opferbereitschaft dieser Soldaten wider. Für einige könnte die Statue jedoch auch als Grabmal des unbekannten Vergewaltigers bezeichnet werden. Es gibt Belege dafür, dass Stalins Soldaten in Deutschland und insbesondere in der deutschen Hauptstadt eine recht hohe Zahl von Frauen vergewaltigt haben, doch wurde dies nach dem Krieg im Land kaum erwähnt, und das Thema ist in Russland bis heute ein Tabu. In der russischen Presse wird das Thema regelmäßig abgetan und als "vom Westen verbreiteter Mythos" bezeichnet. Vladimir Gelfands Tagebuch enthält kontroverse Enthüllungen über das Verhalten der sowjetischen Soldaten Tagebuch eines LeutnantsEine der vielen Informationsquellen über diese Vergewaltigungen ist das Tagebuch eines jungen jüdischen sowjetischen Offiziers, Wladimir Gelfand, eines Leutnants aus der Zentralukraine, der von 1941 bis zum Ende des Krieges seine Berichte zu Papier brachte, obwohl die Sowjets militärische Tagebücher verboten hatten.Die Manuskripte - die nie veröffentlicht wurden - zeigen, wie schwierig die Situation in den Bataillonen war: schlechte Ernährung, Läuse, Antisemitismus und Soldaten, die sich gegenseitig die Stiefel klauten. Im Februar 1945 befand sich Gelfand in der Nähe des Oderdamms und bereitete sich auf den Einmarsch in Berlin vor. In seinem Tagebuch beschreibt er, wie seine Kameraden ein Bataillon weiblicher Soldaten umzingelten und überwältigten. "Die gefangenen deutschen Frauen sagten, dass sie ihre toten Ehemänner rächen wollten. Sie müssten ohne Gnade vernichtet werden. Unsere Soldaten schlugen vor, ihnen in die Genitalien zu stechen, aber ich würde sie einfach hinrichten", schrieb er. Eine der aufschlussreichsten Passagen in Gelfands Tagebuch ist die vom 25. April, als er von seiner Ankunft in Berlin berichtet. Er war mit dem Fahrrad in der Nähe der Spree unterwegs, das erste Mal, dass er mit dem Fahrrad unterwegs war, als er auf eine Gruppe deutscher Frauen traf, die Koffer und Pakete trugen. In seinem schlechten Deutsch fragte er sie, wo sie hinwollten und warum sie ihr Zuhause verlassen hätten."Mit entsetzten Gesichtern erzählten sie mir, was in der ersten Nacht nach der Ankunft der Roten Armee geschehen war", schrieb er. Sie haben die ganze Nacht hier herumgestochert", erklärte das hübsche deutsche Mädchen und hob ihren Rock, "sie waren alt, einige hatten Pickel, und sie haben mich alle bestiegen und gestochen - nicht weniger als 20 Männer. Sie fing an zu weinen." "'Sie haben meine Tochter vor meinen Augen vergewaltigt und sie könnten immer noch zurückkommen und sie erneut vergewaltigen', sagte die arme Mutter. Dieser Gedanke erschreckte alle." "'Bleib hier', warf sich das Mädchen plötzlich auf mich, 'schlaf mit mir! Du kannst mit mir machen, was du willst, aber nur du!" Gelfand beschrieb in seinem Tagebuch, wie er in Berlin zum ersten Mal mit dem Fahrrad fuhr VerbotZu diesem Zeitpunkt gab es bereits Nachrichten über die Gräueltaten der deutschen Soldaten beim Überfall auf die Sowjetunion. Gelfand selbst hatte diese Geschichten gehört."Er kam durch so viele Dörfer, in denen die Nazis alle Menschen, sogar kleine Kinder, getötet hatten. Und er sah Beweise für Vergewaltigungen", sagte der Sohn des Soldaten, Vitaly Gelfand. Die deutschen Streitkräfte waren weit vom Bild einer disziplinierten "arischen" Truppe entfernt, die kein Interesse an Sex mit Untermenschen hatte. Laut Oleg Budnitsky, Historiker an der Higher School of Economics in Moskau, richteten die Nazi-Befehlshaber, die über die hohe Zahl von Geschlechtskrankheiten unter ihren Soldaten besorgt waren, in den besetzten Gebieten eine Kette von Militärbordellen ein. Es ist schwierig, Beweise dafür zu finden, wie deutsche Soldaten russische Frauen behandelten, viele Opfer überlebten nicht. Doch im Deutsch-Russischen Museum in Berlin zeigt der Direktor Jorg Morre ein Foto, das auf der Krim aufgenommen wurde und Teil des persönlichen Albums eines deutschen Soldaten aus der Kriegszeit ist. Berichte über Vergewaltigungen von russischen Frauen durch Deutsche und von deutschen Frauen durch Russen Soldaten und Offiziere durften keine Tagebücher schreiben, da sie als Bedrohung der Sicherheit angesehen wurden. Auf dem Bild ist die Leiche einer Frau auf dem Boden zu sehen."Es sieht so aus, als wäre sie bei oder nach der Vergewaltigung getötet worden. Ihr Rock ist hochgezogen und ihre Hände sind vor ihr Gesicht geschlagen. Es ist ein schockierendes Foto. Wir haben im Museum darüber diskutiert, ob wir die Fotos zeigen sollen - das ist Krieg, das ist sexuelle Gewalt unter deutscher Politik in der Sowjetunion. Wir zeigen den Krieg. Wir reden nicht darüber, sondern zeigen ihn", sagte er. Als die Rote Armee vorrückte, forderten Plakate die sowjetischen Soldaten auf, ihre Wut zu zeigen: "Soldat: Du bist jetzt auf deutschem Boden. Die Zeit der Rache ist gekommen!" Sowjetische Soldaten verteilten auch Lebensmittel an die Einwohner von Berlin ForschungBei seinen Recherchen für sein 2002 erschienenes Buch über den Fall Berlins stieß der Historiker Antony Beevor in den Staatsarchiven der Russischen Föderation auf Dokumente, die sexuelle Gewalt beschreiben. Sie waren Ende 1944 von der damaligen Geheimpolizei NKWD an ihren Chef Lavrentiy Beria geschickt worden."Sie wurden an Stalin weitergeleitet. Man kann sogar sehen, ob sie gelesen wurden oder nicht - und sie berichten von Massenvergewaltigungen in Ostpreußen und wie deutsche Frauen versuchten, ihre Kinder und sich selbst zu töten, um den Vergewaltigungen zu entgehen", sagte er. Ein weiteres Tagebuch, das während des Krieges geschrieben wurde, diesmal das der Verlobten eines abwesenden deutschen Soldaten, zeigt, dass einige Frauen sich an die schrecklichen Umstände anpassten und versuchten zu überleben. Das anonyme Tagebuch wurde am 20. April 1945, zehn Tage vor Hitlers Selbstmord, begonnen zu schreiben. Wie in Gelfands Tagebuch ist die Ehrlichkeit brutal, die Beobachtungsgabe groß und es gibt sogar gelegentlich humorvolle Momente. Die Tagebuchautorin, die sich selbst als "blasse Blondine, die immer den gleichen Wintermantel trägt" beschreibt, schildert das Leben ihrer Nachbarn im Luftschutzbunker unter dem Wohnblock, in dem sie in Berlin lebte, darunter "ein junger Mann in grauer Hose und Hornbrille, der bei näherem Hinsehen eigentlich eine junge Frau ist", und drei ältere Schwestern, "zusammengedrängt wie ein großer Pudding".Während sie auf die Ankunft der Roten Armee warten, scherzen sie: "Besser ein Russe oben als ein Yankee über unseren Köpfen". Vergewaltigung wird als besser angesehen, als von Bomben pulverisiert zu werden. Doch als die Soldaten in dem Keller ankommen, in dem sie wohnen, bitten die Frauen die Autorin des Tagebuchs, ihre Russischkenntnisse zu nutzen, um sich bei der sowjetischen Führung zu beschweren. Es gelingt ihr, in der chaotischen Atmosphäre der Stadt einen Offizier ausfindig zu machen, der jedoch nichts unternimmt, obwohl Stalin ein Gewaltverbot gegen Zivilisten erlassen hat. "Das wird sowieso passieren", sagt sie. Als sie versucht, in ihre Wohnung zurückzukehren, wird die Autorin des Tagebuchs auf dem Flur vergewaltigt und fast erwürgt; die Frauen, die im Keller wohnen, öffnen während der Vergewaltigung nicht die Tür, sondern erst danach. Inmitten der Ruinen Berlins und um Gruppenvergewaltigungen zu vermeiden, schlossen viele deutsche Frauen Verträge mit hochrangigen sowjetischen Beamten ab "Meine Socken fallen mir über die Schuhe, ich halte immer noch die Reste meines Strumpfbandes fest. Ich fange an zu schreien: 'Ihr Schweine! Sie haben mich hier zweimal vergewaltigt, und ihr habt mich wie Abfall zurückgelassen!'" Mit der Zeit wird ihr klar, dass sie einen "Leitwolf" finden muss, um den Vergewaltigungen des "Rudels" ein Ende zu setzen. Die Beziehung zwischen Angreifer und Opfer wird weniger gewalttätig, mehr zweideutig. Sie teilt das Bett mit einem wichtigeren Offizier aus Leningrad, mit dem sie über Literatur und den Sinn des Lebens spricht. "Ich kann auf keinen Fall sagen, dass der Major mich vergewaltigt. Ich tue es für Speck, Butter, Zucker, Kerzen, Fleischkonserven.... Außerdem mag ich den Major und je weniger er von mir als Mann will, desto mehr mag ich ihn als Person", schrieb sie. Viele ihrer Nachbarn trafen ähnliche Vereinbarungen mit den Konquistadoren. Das Tagebuch wurde erst 1959, nach dem Tod der Autorin, unter dem Titel Eine Frau in Berlin veröffentlicht und wurde als "Beschmutzung der Ehre der deutschen Frauen" kritisiert. Ingeborg Bullert lebt heute in Hamburg und hat nie darüber gesprochen, wie sie von den Sowjets vergewaltigt wurde Ingeborg war damals 20 Jahre alt und wurde auf dem Rückweg zu ihrer Wohnung in Berlin vergewaltigt
FilmSiebzig Jahre nach Kriegsende zeigen die Forschungen noch immer das Ausmaß der sexuellen Gewalt, die deutsche Frauen nicht nur durch die Sowjets, sondern auch durch die Amerikaner, Briten und Franzosen erlitten.Im Jahr 2008 wurde das Tagebuch der Berlinerin unter dem Titel Anonyma verfilmt, mit der bekannten deutschen Schauspielerin Nina Hoss in der Hauptrolle. Der Film hatte in Deutschland eine kathartische Wirkung und ermutigte viele Frauen, über ihre Erfahrungen zu sprechen. Zu ihnen gehörte auch die heute 90-jährige Ingeborg Bullert. Sie lebt in Hamburg, in Norddeutschland. 1945 war sie 20 Jahre alt, träumte davon, Schauspielerin zu werden und lebte mit ihrer Mutter in Berlin. Als der sowjetische Angriff begann, flüchtete sie in den Keller des Hauses - genau wie die Frau aus dem Tagebuch. "Plötzlich standen Panzer in unserer Straße und überall lagen Leichen von russischen und deutschen Soldaten", erzählt sie. Während einer Pause der Luftangriffe ging Ingeborg aus dem Keller, um ein Stück Draht aus der Wohnung zu holen, um einen Docht für eine Lampe zu machen. "Plötzlich zielten zwei sowjetische Soldaten mit Revolvern auf mich. Einer von ihnen zwang mich, mich zu entblößen und vergewaltigte mich, dann wechselten sie die Plätze und der andere vergewaltigte mich. Ich dachte, ich würde sterben, dass sie mich umbringen würden." Ingeborg hat jahrzehntelang nicht über das Verbrechen gesprochen.Die Vergewaltigungen betrafen Frauen in ganz Berlin. Ingeborg erinnert sich, dass sich Frauen zwischen 15 und 55 Jahren auf Geschlechtskrankheiten testen lassen mussten. "Man brauchte ein ärztliches Attest, um Lebensmittelgutscheine zu bekommen, und ich erinnere mich, dass alle Ärzte diese Atteste ausstellten und die Wartezimmer voll mit Frauen waren." Wladimirs Sohn Vitaly Gelfand kämpft für die Veröffentlichung des Tagebuchs seines Vaters in Russland NummerNiemand weiß genau, wie viele Frauen in Deutschland Opfer von sexueller Gewalt durch ausländische Kämpfer geworden sind. Die am häufigsten zitierte Zahl geht von 100.000 vergewaltigten Frauen allein in Berlin aus - und von zwei Millionen in ganz Deutschland.Es gibt Dokumente, die eine hohe Zahl von Abtreibungsanträgen - die damals gegen das Gesetz verstießen - aufgrund der "besonderen Situation" belegen. Die tatsächliche Zahl wird wahrscheinlich nie bekannt werden. Sowjetische Militärtribunale und andere Quellen bleiben geheim. Das russische Parlament hat vor kurzem ein Gesetz verabschiedet, wonach jeder, der die Geschichte Russlands im Zweiten Weltkrieg verunglimpft, mit Geld- oder Haftstrafen von bis zu fünf Jahren belegt werden kann. Vera Dubina, eine junge Historikerin an der Moskauer Universität für Geisteswissenschaften, erfuhr von den Vergewaltigungen erst, als sie mit einem Stipendium nach Berlin reiste. Sie schrieb eine Studie zu diesem Thema, hatte aber Schwierigkeiten, sie zu veröffentlichen. Witali Gelfand, der Sohn des Verfassers des Tagebuchs, Wladimir Gelfand, bestreitet nicht, dass viele sowjetische Soldaten während des Krieges Tapferkeit und Aufopferung bewiesen haben, aber dies ist seiner Meinung nach nicht die einzige Geschichte. Russland verabschiedet neues Gesetz zur Verhinderung der Diffamierung von Sowjetsoldaten Vor kurzem gab Vitaly einem russischen Radiosender ein Interview, das in den sozialen Medien eine Welle antisemitischer Hetze auslöste. Viele meinten, das Tagebuch sei eine Fälschung und Vitaly solle nach Israel auswandern.Trotzdem hofft Vitaly, dass das Tagebuch noch in diesem Jahr in Russland veröffentlicht wird. Teile davon sind bereits ins Deutsche und Schwedische übersetzt worden. "Wenn die Leute die Wahrheit nicht wissen wollen, machen sie sich nur etwas vor. Die ganze Welt versteht (dass Vergewaltigungen stattgefunden haben), Russland versteht es und die Leute, die hinter den neuen Gesetzen zur Verleumdung der Vergangenheit stehen, verstehen es auch. Wir können nicht vorankommen, ohne uns mit der Vergangenheit zu befassen", sagte er.
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